O governo de São Paulo avalia aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 para a população em geral. A informação foi dada neste sábado (5) pela coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula, durante entrevista coletiva.
Em dezembro, o Ministério de Saúde autorizou a aplicação da quarta dose do imunizante contra o coronavírus, mas somente para pessoas imunossuprimidas. Entram nesse grupo cidadãos com imunodeficiência primária grave, em quimioterapia para câncer ou transplantados (de órgão sólido ou de células tronco) que fazem uso de drogas imunossupressoras, além de pacientes com HIV/Aids.
“Estamos avaliando a quarta dose para a população [geral]. Mas antes, precisamos terminar a terceira dose de todos os elegíveis”, afirmou Regiane. Segundo ela, o estado de São Paulo tem cerca de 10 milhões de pessoas aptas a tomar a terceira dose, mas que ainda não apareceram para receber o reforço. Além disso, cerca de 2,2 milhões de indivíduos não tomaram a segunda dose.
“Aguardamos também o Ministério da Saúde. Mas quero só frisar que no Plano Estadual de Imunização nós, muitas vezes, vamos além do Ministério da Saúde. Então, trabalhamos para que a população receba a vacina em tempo oportuno”, destacou a coordenadora.
No mesmo evento, que marcou o mutirão chamado de Dia C da Vacinação, o governador João Doria (PSDB) declarou que a meta do estado é “seguir vacinando até que todos os brasileiros de São Paulo estejam vacinados”. O tucano disse ainda que “não haverá interrupção” da imunização.
“Não faltam vacinas. São Paulo, independentemente do fornecimento do Ministério da Saúde, fez um estoque de vacinas para atender à população, em especial a vacina do Butantan, a Coronavac, e o processo vai continuar”, acrescentou Doria.