A Prefeitura de Mogi das Cruzes realizou na terça-feira (19/12), na empresa Gerdau, a primeira reunião do Conselho Mogi 500 anos – instância focada na deliberação dos temas pertinentes ao Projeto Mogi 500 Anos. O conselho reúne integrantes do setor público e privado, além de universidades, terceiro setor e sociedade civil. O objetivo do grupo é perpetuar o Projeto Mogi 500 Anos, por meio da proposição e criação de uma organização social de inovação e estratégia, sem fins lucrativos, apartidária, que terá como objetivo pensar estrategicamente o desenvolvimento de longo prazo de Mogi das Cruzes.
“Os projetos que verdadeiramente transformam uma cidade levam anos entre serem idealizados e realizados. Manter o compromisso com esses projetos estruturadores é nossa obrigação, mas só uma visão compartilhada de futuro pode sustentar esse compromisso em longo prazo”, afirmou o prefeito Caio Cunha em ofício encaminhado aos integrantes do conselho.
A reunião de terça-feira teve a presença da vice-prefeita Priscila Yamagami e do secretário municipal de Planejamento e Gestão Estratégica (SEPLAG), Lucas Porto, que coordenou os trabalhos (veja a lista completa de participantes no final do texto, em PDF).
Entre as deliberações da reunião, ficou definido que no início de 2024 o Conselho encaminhará, em conjunto com a Prefeitura, um projeto de lei sobre o Sistema Municipal de Planejamento, que incluirá em seus texto o planejamento de longo prazo da cidade. O próximo encontro foi agendado para 30 de janeiro de 2024 em local ainda a ser definido.
Também durante o encontro, ocorreu a participação remota do superintendente do Espírito Santo em Ação, Luciano Gollner, que compartilhou sua experiência no Plano de Desenvolvimento de Longo Prazo do Estado e forma de governança do projeto. Houve também a participação presencial do economista-chefe do Banco Master e Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Gala, que trouxe conceitos de desenvolvimento econômico e sofisticação produtiva no mundo e em Mogi das Cruzes
Após as apresentações, vários participantes se manifestaram sobre a importância de um plano de desenvolvimento para a cidade elaborado a partir da participação social e iniciou-se também a discussão sobre a criação de uma organização que será responsável pelo monitoramento e atualização do plano Mogi 500 anos ao longo dos próximos anos.
Histórico
O Projeto Mogi 500 Anos é inspirado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS – ONU) e, a partir da participação da sociedade mogiana, tem o objetivo de firmar os objetivos e projetos que guiarão o desenvolvimento do município pelos próximos 37 anos, quando Mogi completará 500 anos.
Lançado em junho de 2022 e coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Estratégica, o Mogi 500 Anos está dividido em três etapas: “Diagnóstico: Mogi até Hoje”, “A Cidade que Sonhamos e que Precisamos” e “Caminhos Estratégicos”. Em setembro deste ano, foi apresentado ao público o resultado da primeira etapa do projeto, que foi o “Diagnóstico: Mogi até hoje”.
Durante esta primeira etapa, a partir do apoio financeiro do Banco de Fomento da América Latina (CAF) e empresas que atuam no município, a SEPLAG realizou várias ações, como o levantamento técnico da consultoria Macroplan, a realização de Grupos de Trabalho Temáticos para discutir a cidade, além de ações de secretarias municipais que auxiliaram no processo de diagnóstico.
Esse processo deu origem a ações concretas para o atendimento de demandas, com entregas como a ampliação do Pró-Hiper, a criação do Vagalume, o Programa Viva Jundiapeba, novas unidades do Programa Saúde da Família (PSF) e a reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Botujuru