LOJA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA EM MOGI AJUDA NA SUPERAÇÃO DA CONDIÇÃO DE VULNERABILIDADE

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A Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Secretaria de Agricultura, inaugurou na manhã desta quinta-feira (16/13) a loja da Economia Solidária, no Mercado Municipal. Trata-se de um espaço, que foi disponibilizado pela Agricultura, onde grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade podem comercializar produtos artesanais, que elas mesmas confeccionaram.

O primeiro grupo a ocupar o espaço é o Dons da Rua, composto por 14 pessoas em situação de rua, que passam pelo processo de superação dessa condição, a partir da permanência em acolhimentos institucionais e a realização de atividades, como oficinas de artesanato.

Outros grupos em processo de incubação social devem passar a utilizar o espaço para a venda de seus produtos, como o grupo de gastronomia Irmã D’Óca, formado por 11 mulheres, que acabam de iniciar a venda de produtos derivados de farinha de tapioca na feira noturna do Mercado Produtor e também um grupo de costura, composto por 20 pessoas de Jundiapeba.

Estão disponíveis para a venda no local itens como aromatizantes, cestos de sisal, mandalas, camisetas e xícaras personalizadas. Gradativamente, o local deve contar também com itens que remetam diretamente ao nome e imagem de Mogi das Cruzes.

A iniciativa é vinculada ao programa Conduz, que visa a geração de emprego e renda a pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de incubadoras sociais. O programa já ofereceu mais de 500 horas em cursos e atendeu cerca de 600 pessoas com oficinas.

“O Conduz é um programa da Prefeitura de Mogi, vinculado à Secretaria de Assistência Social, que visa possibilitar a geração de emprego e renda a pessoas em situação de vulnerabilidade, a partir de incubadoras sociais. Nesse espaço, que nos foi cedido pela Secretaria de Agricultura, queremos possibilitar que as pessoas dêem mais um passo rumo à superação da condição de vulnerabilidade”, destaca a coordenadora do programa Conduz, Vera Suzart.

Para quem está vivendo esse processo, como Peri Fontoura, de 65 anos, o significado do projeto vai além da geração de renda. “Essa tem sido a maior ferramenta para nos ajudar e nos afastar do que nos faz mal. É vital termos um propósito como esse e somos muito gratos pela acolhida que tivemos. Isso nos devolve aquilo que muitos perdemos e que outros nunca nem tiveram. Fico muito feliz de ver amigos com quem convivo há tempos se encaminhando na vida e tendo novas perspectivas”, destacou.

Um exemplo de quem efetivamente já tomou outro rumo após superar a condição de rua é João Carlos Falque de Mello, que faz parte do Dons da Rua e também representa o núcleo de Mogi das Cruzes do Movimento Nacional da População de Rua. Há três anos, João Carlos deixou de viver nas ruas, buscou acolhimento e agora está terminando a faculdade de publicidade e marketing, abrindo uma agência virtual e é também o responsável pelo site e redes sociais do grupo de artesãos. “De certa forma, eu sou a prova de que é possível”.

A inauguração da Loja da Economia Solidária também contou com a presença da secretária municipal de Assistência Social, Celest Gomes e do secretário municipal de Agricultura, Felipe Almeida.

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