EVANDRO DOS REIS LANÇA ÁLBUM ‘JANELAS’ COM SHOW NO SESC MOGI

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Há não muito tempo, as janelas das casas davam direto para a rua. Nestes espaços, as pessoas se encontravam e conversavam. Muitas vezes, cantavam. O cantor, compositor e multi-instrumentista Evandro dos Reis, de Mogi das Cruzes, recria este cenário. No álbum ‘Janelas’ ele canta rimas sobre saudade, sobre amor e sobre a vida, em ritmos que homenageiam a música nacional, como samba, ijexá, bolero e forró. O lançamento do disco está previsto para o próximo dia 2 de dezembro, mas antes, será realizado um show presencial, no Sesc Mogi, às 20 horas do dia 1º (quinta-feira). É a estreia do projeto, é de graça e é com banda completa.

No palco, se apresentam, ao lado de Evandro, Vitor Arantes no piano e synth, Helô Ferreira, no violão e guitarra, Vanessa Ferreira no contrabaixo e Kau Caldas, na bateria. Juntos, estes artistas vão apresentar um repertório não apenas de músicas, mas de sentimentos.

Faz parte da playlist o primeiro single disponibilizado ao público, em maio de 2020. Em ‘Na Ponta’, a mensagem é dançante, de amor. Com esse refrão fica clara como será toda a experiência: “Beira do mar, foi que se deu / O tempo parado olhando o bailado de você mais eu / Ponta do sol, como esquecer / A trama envolvida na dança da vida de eu mais você”.

É preciso antecipar que o público, se quiser, vai poder dançar bastante. Isso porque também são assim as faixas ‘Dona do Sonho’ e ‘Alto Lá’. E os ouvidos mais atentos vão encontrar relação de carinho entre as letras e o mar, com menções a uma sereia cujo canto guia e “em todo sonho aparece sempre festeira / é sempre a mulher mais guerreira / e no seu abraço vem me guardar” e também referência a “águas a perder de vista / ondas a me cortejar / mas quanto vale a conquista do homem que sonha em vencer o mar”.

‘Janelas’ é um reflexo da vida, um olhar sobre sentimentos e experiências. E sendo assim, há momentos mais íntimos, como em ‘Melhores Amigos’, que troca a sonoridade do samba por algo mais cadenciado, que reflete sobre o “mundo corriqueiro” e a espera de uma luz que se esvai. E o mar segue presente, como se embalasse um mergulho interno em versos “como no mar um veleiro / pois não há nada que possa, na escuridão, se tornar verdadeiro”.

A diversidade de temperos não acaba aí. Em ‘Molto Romantico’, versão em italiano da canção ‘Muito Romântico’, de Caetano Veloso, Evandro dos Reis apresenta um clima sedutor. É reflexo da experiência dele com a Orchestra di Piazza Vittorio, com a qual tocou em diferentes países.

No Sesc Mogi, a canção ‘Janelas e Parapeitos’ fornecerá a explicação para ligar tudo isso. Foi ali, nas janelas e parapeitos que, durante a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, o artista assistiu a muita coisa. E não se limitou ao caráter passivo. Ele decidiu fazer algo: transformou em música o que sentia.

Assim surgiram rimas sobre o que Evandro via, como “cenas do mesmo episódio / narrativas de circo e de trigo / nas corridas sem prêmio e sem pódio”; e o vislumbre de pessoas que “também dançam, cantam, poetam / é o milagre, é a sobrevivência / é a cena mais forte que o meu peito suporte”.

O show do Sesc Mogi funciona como um grito. Finalmente será possível cantar, a quem quiser ouvir, tantos sentimentos que foram gravados em 2020 em encontros virtuais, com cada artista gravando na própria casa. E por ser assim o repertório não se limita a este trabalho e inclui também músicas de outros projetos do artista, que complementam o leque de emoções.

Para ouvir, é só chegar no Sesc Mogi, já que não há a necessidade de retirar ingressos. E vale ficar de olho nas redes sociais do artista (@evandrodosreis), pois mais informações serão divulgadas por lá.

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