O Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) informou nesta sexta-feira, 05 de novembro de 2021, que empresas de ônibus que atendem às cidades da região chegaram a pedir reajustes de 100% no valor das tarifas, o que elevaria as passagens municipais para em torno de R$ 9.
Atualmente, por exemplo, as passagens de ônibus municipais estão a R$ 4,20 (Santa Isabel), R$ 4,40 (Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano), R$ 4,45 (Guarulhos – Bilhete Único) e R$ 4,50 (Arujá, Guararema e Mogi das Cruzes).
Entretanto, de acordo com o secretário-executivo da entidade, Adriano Leite, por meio de nota, mesmo entendendo que os custos dos transportes estão maiores, em especial pelas elevações do preço do diesel, e os efeitos da demanda de passageiros por causa da pandemia, os prefeitos não vão conceder os reajustes tarifários pedidos pelas viações.
“Os prefeitos entendem que o aumento ocorrido no preço dos combustíveis e a projeção de novas altas no ano, somado à queda no volume de passageiros em decorrência da pandemia, tem gerado um cenário insustentável para as empresas, inclusive colocando em risco a operação dos transportes. Mas diante das dificuldades econômicas que ainda persistem e do alto índice de desemprego, descartam o aumento das tarifas nos índices pleiteados pelas concessionárias”, disse.
Adriano Leite, entretanto, disse que não estão descartados reajustes tarifários e que estudos técnicos e frentes de negociação estão em andamento nos municípios para estabelecer um teto para o reajuste nas tarifas de ônibus. A expectativa é de que as cidades pratiquem índices equivalentes, visto a grande circulação dos moradores dentro da própria região e a tarifa da cidade de São Paulo é encarada pela entidade como “uma importante referência”.
“As cidades buscam uma alternativa equilibrada e justa, que garanta a continuidade dos serviços com o menor impacto possível aos usuários”, concluiu
Segundo a nota do Condemat, as empresas argumentam que essas tarifas estão defasadas, em razão principalmente dos preços dos combustíveis, e tornam inviáveis a continuidade da prestação dos serviços. Em algumas cidades, as concessionárias pleiteiam o aumento das passagens ainda para esse exercício, quando normalmente as alterações de tarifas ocorrem no início de cada ano.
Fonte: Adamo Bazani – Diario do Transporte