CIA. MADEIRITE ROSA INICIA CELEBRAÇÃO DE DEZ ANOS COM TEMPORADA O INFANTOJUVENIL “PRO MUNDO VIRAR”

0
250

No dia 31 de janeiro de 2024, a Cia. Madeirite Rosa (@madeiriterosa) dá início a uma grande temporada que celebra os seus dez anos de trajetória. Com o projeto “Cia. Madeirite Rosa 10 ANOS” contemplado na 17ª Edição do Prêmio Zé Renato para a Cidade de São Paulo, o grupo realizará cerca de 30 apresentações gratuitas e rodas de conversas em diferentes regiões da cidade de São Paulo, até o fim de 2024.

A primeira temporada será dedicada às crianças e adolescentes, com apresentações gratuitas do espetáculo infantojuvenil “Pro Mundo Virar”, que narra a história de Ela, uma garotinha criativa, que gosta de dançar e de cantar, mas não encontra espaços para suas criações e inspirações ao longo da vida. Ao tentar desbravar novos caminhos, Ela acaba escorregando para um outro tempo e espaço, onde cantar, criar e dançar é tão comum quanto respirar, e onde a atitude inventiva do ser criança é parte fundamental da vida.

As primeiras apresentações da temporada acontecem no dia 31 de janeiro (quarta-feira), às 10h e às 14h30, na Fundação CASA Chiquinha Gonzaga, na Vila Prudente. Depois, no dia 01 de fevereiro (quinta-feira), o grupo se apresenta às 10h, na Fundação CASA Bom Retiro, no Brás. No dia 08 de fevereiro (quinta-feira), às 11h, a apresentação acontece no Centro de Acolhida Encosta Norte.

Em 24 de fevereiro (sábado), às 16h, a apresentação acontece na Okupação Coragem. E em 29 de fevereiro (quinta-feira), na Casa de Cultura São Rafael, às 14h. Em março as apresentações acontecerão em escolas e espaços culturais da zona oeste e em abril na região norte da cidade.

Com base na integração das linguagens do teatro, dança, música e poesia, o espetáculo “Pro Mundo Virar” transita por temáticas que envolvem os enquadramentos e imposições sociais dadas aos indivíduos e seus corpos desde a infância, refletindo sobre a importância da imaginação e da incorporação de saberes diversos nos processos de aprendizado de cada pessoa.

“Pro Mundo Virar” reflete também sobre os papéis das instituições como a escola, o trabalho e a saúde na formação dos seres humanos e, com delicadeza poética, aborda temas que permeiam o cotidiano de crianças e adolescentes, reforçando a importância da criação humana nos processos de transformação e renovação do mundo.

Além da temporada para o público infantojuvenil, o projeto “Cia. Madeirite Rosa 10 ANOS” propõe ainda a circulação gratuita do espetáculo “A Luta”, a partir do mês de maio. Destinado ao público adulto, que foi construído a partir da recriação de esquetes e gagues clássicas de palhaçaria, dando forma a discussões e questões sociais atuais, o espetáculo aborda diversas realidades de exclusão na cidade por meio da linguagem cômica crítica e pautando a representatividade da mulher em cena em espaços periféricos da cidade, onde estes problemas são intensamente vivenciados e/ou debatidos.

Sobre a Cia. Madeirite Rosa

A Cia. Madeirite Rosa é composta por seis mulheres artistas e educadoras, e surgiu em 2013 com o intuito de investigar uma linguagem cômica crítica diretamente atravessada pela questão de gênero. Vindas de experiências com outros grupos de teatro, as atrizes reuniram-se em torno de experimentos cênicos e intervenções artísticas em espaços periféricos de grande circulação, como feiras, terminais urbanos, ruas e espaços de mobilização social – todos locais nos quais há o debate ou são observadas e vividas as diversas realidades de exclusão presentes na cidade de São Paulo.

“Observamos que rir conjuntamente das situações que promovem identificação pode fortalecer os vínculos de solidariedade e a imaginação coletiva, e aqui enfatizamos a necessidade de que, em uma sociedade desigual no que tange ao gênero, esses imaginários possam ser compartilhados a partir de e entre mulheres, e nunca reforçando estereótipos generalizantes”, comenta o grupo Madeirite Rosa.

O nome do grupo vem de “madeirite” – placa feita com restos de madeira que, por ser de baixo custo, é usada no cercamento provisório de obras, mas que passou a ser usada de forma permanente na construção de casas em determinadas realidades sociais. Nesse material, a coloração rosa é de uma tinta que dá força a essa frágil placa. O nome foi escolhido para dialogar com uma realidade de exclusão da cidade de São Paulo, onde o que é provisório acaba sendo apropriado como permanente, fruto da precariedade. Todas as artistas do grupo eram militantes em ocupações por moradia no extremo sul da cidade de São Paulo, onde o material madeirite rosa era amplamente usado nas construções dos ocupantes.

Informações:www.facebook.com/madeiriterosa e www.instagram.com/madeiriterosa

Compartilhar:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui