O susto e a dor da separação fizeram o assistente contábil Luan dos Santos Calandrin, de Mogi das Cruzes, desenvolver um talento para a investigação para encontrar Léo, um cão da raça golden retriever. Luan procurou vários vizinhos e teve acesso a imagens de várias câmeras de monitoramento para traçar o caminho feito pelo cachorro depois de encontrar o portão aberto e sair de casa.
A “investigação” mostrou que Léo tinha sido colocado dentro de um carro e, a partir de então, foram as redes sociais que ajudaram a chegar a um final feliz para essa história.
O cão chegou à casa de Calandrin há cinco meses, quando um amigo foi morar em um apartamento. Desde então, Léo é companhia constante em passeios e virou o xodó da família, mas no dia de 6 de janeiro, o cachorro deixou a casa da família, no bairro da Ponte Grande. “Por volta das 12h, minha avó limpava o quintal da casa e fazia o almoço. Quando voltou, esqueceu o portão aberto e o Léo saiu. Eu ando com ele todos os dias e ele ficou andando pela rua. E foi para a rua de trás onde apareceu o carro que o levou”, conta Calandrin.
O tutor detalha que um caminhoneiro contou o modelo do carro que tinha levado o cachorro e, a partir daí, Calandrin passou a pedir aos vizinhos as imagens das câmeras de segurança. “Foi aí que vi o carro, mas não dava para ver a placa. Eu comecei a traçar o caminho por todas as câmeras de vídeos nas casas e em nenhuma delas dava para ver a placa do carro. Como eu estava desesperado postei na rede social e ajudou. O pessoal postou foto do carro e de tudo.”
Segundo Calandrin, a pessoa que levou o Léo viu os posts nas redes sociais e o procurou para devolver o cachorro, que voltou para a casa no domingo (9). “Ele disse que achou que o Léo estava em risco de vida e pegou ele porque estava em perigo de vida. Mas em todos os vídeos não teve perigo, ele andava na calçada e não aconteceu nada. Disse que a mãe mora em Mogi e passava quando viu o Léo e colocou ele para dentro, mas que estava procurando e que cuidou dele.”
Depois do susto, a volta do Léo trouxe um misto de alívio e alegria para Calandrin. “Eu chorei quando ele voltou, fiquei rolando com ele no chão. Foi um alívio. Você fica pensando onde está, se foi levado, se está bem cuidado, se está sofrendo. Fica em desespero, passa um monte de coisa na cabeça. foi uma mistura.” Calandrin acredita que sem as redes socais não encontraria o cachorro novamente. “Tomou uma proporção gigantesca. Tinha gente de Caraguatatuba postando.”
Fonte: G1 Mogi das Cruzes