O “Agosto Branco” é marcado pelo período de conscientização e cuidados dedicados aos fatores de risco, prevenção, detecção precoce e tratamento do câncer de pulmão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 2,2 milhões de novos casos de câncer de pulmão tenham ocorrido em 2020, representando aproximadamente 11,4% de todos os casos de câncer, onde cerca de 1,8 milhão de mortes ocorreram devido a essa doença no mesmo ano.
A causa primária do câncer de pulmão é o tabagismo, responsável por aproximadamente 90% dos casos. O risco aumenta com a quantidade de cigarros fumados e a duração do hábito. A fumaça do cigarro contém substâncias que, ao longo do tempo, causam alterações nas células pulmonares, levando ao desenvolvimento de células malignas que se multiplicam em larga escala. Não fumantes também podem ser afetados pela exposição ao tabagismo passivo, à inalação de substâncias radioativas e poluentes do ar.
Dados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2019 evidenciam a discrepância entre o conhecimento popular e a realidade do diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Embora 97% da população declare conhecer a doença e 70% acreditem que seja fácil detectá-la em níveis iniciais, apenas 20% dos casos são realmente diagnosticados precocemente.
A detecção precoce também desempenha um papel vital na redução da mortalidade por câncer de pulmão. Os avanços na medicina, como a tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD), permitem a identificação precoce de nódulos pulmonares suspeitos em pessoas com alto risco.
“Além disto, o tratamento do câncer de pulmão é multidisciplinar, envolvendo pneumologistas, oncologistas, cirurgiões torácicos, radioterapeutas e paliativistas. A abordagem depende do tipo, extensão e características moleculares do tumor”, afirma a Professora do Curso de Medicina da UMC, Marilia de Castro Lima Varella.
A prevenção do câncer de pulmão é concentrada na eliminação do contato com substâncias carcinogênicas. Parar de fumar é a medida preventiva mais eficaz, pois o risco diminui a cada ano de abstinência. O controle da ingestão de ar, adoção de hábitos saudáveis (atividade física, sono regular, alimentação balanceada) e vigilância médica regular também seguido o risco. Em risco, exames como tomografia computadorizada de baixa dose são recomendados.
