A Suzano (SUZB3) é responsável por um terço da fabricação mundial de celulose, além de ter o menor custo de produção em termos globais. A empresa também é líder nas iniciativas nacionais em ESG e igualmente focada na rentabilidade para os acionistas.
Breve histórico
A Suzano é uma empresa de base florestal que completará 100 anos em 2024 e é a maior player de produção de celulose do mundo.
Esse é um negócio que se encaixa nas chamadas teses seculares, uma vez que a celulose é um produto verde, de fácil decomposição, vem pegando carona com o crescimento do e-commerce, e também conta com a troca de produtos derivados do petróleo originados da celulose (como o plástico para produtos biodegradáveis), mantendo, assim, o comprometimento com a responsabilidade socioambiental.
Atualmente produz 10 milhões de toneladas de celulose de fibra curta por ano mas, desde o ano passado, a Suzano já divulgou o seu novo projeto de expansão, conhecido como Cerrado. Com isso, está sendo construída uma planta com uma capacidade de produção adicional de 2,5 milhões de toneladas para celulose de fibra curta no Mato Grosso do Sul.
A previsão de conclusão para essa nova planta é 2024 e, ao todo, a companhia deve investir cerca de 15 bilhões de reais na confecção desse novo parque produtivo. No entanto, algo de diferente foi informado pela companhia, pois essa fase de expansão não terá a necessidade de novos empréstimos, mas será produzido com sua própria geração de caixa.
Barreiras de entrada
O negócio tem barreiras de entradas bastante relevantes. Isso ocorre em decorrência das florestas que estão em seu imobilizado, um ativo muito raro de ser encontrado ao redor do mundo e uma grande vantagem mercadológica.
A Suzano é a produtora de celulose mais competitiva do mundo. E juntamente com a Vale, é a empresa que mais capta dinheiro para investir mais barato em nosso país.
Suzano Day 2022
Nesta semana ocorreu o evento anual da companhia, o Suzano Day, que contou com a participação de Luiz Orenstein, sócio da Dynamo, gestora tradicional de recursos com um dos melhores históricos de rentabilidade do mercado brasileiro.
Em sua participação, Orenstein trouxe importantes observações e algumas destacamos abaixo:
“O mercado de Celulose, dentro de um prazo mais longo, mostra uma volatilidade menor na comparação com outras commodities, uma vez que o fornecimento necessita de projetos enormes, já que as florestas levam muito tempo para crescerem. Isso permite que a demanda seja mais estável.
O crescimento tem sido guiado por macrotendências, aumento da população, digitalização, mudanças climáticas, consumo responsável.
Com relação à Suzano, há muitos motivos pelos quais achamos que a Suzano é uma proposta de investimentos interessante, negócio lucrativo e seguro, em linha com tendências futuras, fatores de crescimento diversos e bem definidos, líder de mercado, com baixos custos de produção, com fortes vantagens competitivas e inovação, a empresa também conta com investidores de referência com foco no longo prazo e uma equipe com pessoas motivadas e inspiradoras.
[…]
Para concluir, o Brasil como potência verde, nosso ecossistema é um ativo valioso para todo mundo, se fizermos tudo certo esse país tem tudo para se tornar uma super potencial ambiental, isso irá ocorrer cedo ou tarde e estamos trabalhando para que seja cedo.”
A fala de Orenstein resume de forma precisa o setor de celulose e as vantagens e qualidades que observamos na Suzano, e essas características nos deixam muito confortáveis em investir e recomendar as ações da companhia, que além de tudo como colocamos, já passou pelo teste do tempo, uma vez que está às vésperas de completar seu centenário.
Geração de valor
Considerando que a produção de uma tonelada de celulose por parte da companhia tenha o custo de 250 dólares, e o preço vendido da tonelada varia entre 400 dólares e 1.000 dólares, consideramos, no nosso modelo, um preço médio de 600 dólares.
Assim sendo, a empresa consegue gerar um caixa de 350 dólares por tonelada, com uma capacidade atual de produção de 10 milhões de toneladas, em média, um caixa de 3,5 bilhões de dólares – cerca de 17,5 bilhões de reais, aproximadamente.
A partir de 2024, a capacidade da Suzano passará para 12,5 milhões de toneladas ao ano. Já a geração de caixa da empresa poderá atingir 4,4 bilhões de dólares ou 22 bilhões de reais.
Em um cenário conservador, dadas as taxas de juros atuais para empresas dolarizadas, consideramos um retorno requerido para se investir em Suzano seja de 10%.
Como a empresa gera 20 bilhões de reais de caixa ao ano, seu valor justo seria de 200 bilhões de reais. Descontando os 58,5 bilhões de reais de dívida líquida, chegamos a um valor de mercado de 141,5 bilhões de reais.
Atualmente, as ações de Suzano negociam a 77,8 bilhões de reais, o que nos dá um potencial de valorização superior a 85%, ou R$ 104,00 por ação.
Para o investidor
O investidor que optar por se tornar acionista de Suzano terá em sua carteira uma empresa sólida, líder setorial, com barreiras naturais de entrada e uma forte geração de caixa.
Uma ação com grande espaço para valorização e crescimento ao longo do tempo, se beneficiando e sempre em linha com as tendências globais de vida sustentável.
Adicionalmente, a celulose vem se apreciando no mercado internacional, o que melhora a rentabilidade da empresa nesse momento e ajudando na redução da alavancagem da Suzano, tornando-a cada vez mais atrativa.