Rodovia Mogi-Dutra é uma das principais vias que ligam o Alto Tietê a outras regiões do estado — Foto: TV Diário/Reprodução
Segundo o G1, a Agência afirma que as obras e intervenções previstas foram mantidas nesta nova análise. Já a implantação do pedágio, que gerou diversas manifestações contrárias, está em revisão.
A Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) confirmou que as rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga estão incluídas nas análises e estudos do projeto de concessão do lote Litoral Paulista.
Na gestão passada, o processo previu instalação de pedágio nas duas rodovias e gerou uma série de manifestações contrárias.
Agora, a Artesp diz que as obras e intervenções previstas foram mantidas nesta nova análise. Já a implantação do pedágio ainda está em revisão.
Um assunto que, para o Alto Tietê, já estava resolvido. A discussão começou quando o Governo do Estado anunciou que estudava a implantação de um pedágio na rodovia. Na época, um grupo formado por moradores, comerciantes e empresários se reuniu para protestar contra a possibilidade de cobrança.
“Se precisar, a gente vai começar tudo novamente. O movimento estava só adormecido. Se precisar se levantar, a gente vai se levantar e chamar o povo pra luta. Todo o Alto Tietê vai encarecer e onerar todo mundo. Qualquer lugar que colocar pedágio aqui vai onerar muita gente do Alto Tietê”, afirma a representante Adrianny Verçosa de Oliveira.
Em dezembro de 2021, o governador em exercício Rodrigo Garcia anunciou a suspensão do edital de concessão. Na época, o projeto já tinha passado por vários entraves na justiça, incluindo uma ação movida pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, que questionou o fato da Artesp ter incluído o trecho urbano da rota do sol no edital de concessão.
Moradores de Mogi das Cruzes protestam contra pedágio na Mogi-Dutra — Foto: Reprodução/ TV Diário
Garcia também afirmou que, apesar da decisão, as obras previstas para ocorrer na via não deixariam de ser realizadas. Agora a possibilidade volta a ser uma preocupação, principalmente para os comerciantes. O empresário Eduardo Martinez Scotton, por exemplo, é contra uma eventual instalação de praças de pedágio.
“Acho que o maior impacto do futuro pedágio é para toda a população. Muitos mogianos hoje saem da cidade para trabalhar na região metropolitana de São Paulo. Também tem a questão do cinturão verde. Os agricultores da região seriam impactos por isso e, por sequência, aumenta-se o imposto e isso se replica em toda a cadeia”.
A comerciante Camila Ornelas acredita que a realização de obras na via seriam suficientes para melhorar o serviço. “Após as obras, eu acredito que seria ótimo para a rodovia. Hoje ela não comporta um final de semana com calor. É bem tumultuado, tanto para descer, quanto no retorno. Seria bom após as obras. A pista não comporta mais o número de pessoas”.
No entanto, tem motorista que não se importa em pagar a tarifa extra, desde que a rodovia tenha mais segurança. “O pedágio é uma coisa que vai propiciar uma melhora, uma fiscalização, uma melhora no asfalto, sinalização. É ruim pedágio? É lógico, mas é bom para a rodovia”, completa o comerciante.
Fonte: G1 Mogi das Cruzes