LÍDER DOS CAMINHONEIROS CRITICA BOLSONARO E CONFIRMA GREVE PARA 1º DE NOVEMBRO

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Chorão disse que situação da categoria atualmente é “muito pior” que a de 2018, quando eles ficaram de braços cruzados durante 10 dias. A confirmação de um novo reajuste nos preços dos combustíveis deixou os caminhoneiros ainda mais irritados.

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, disse que a greve convocada para a partir de 1º de novembro está mantida.
“A greve está mantida. A categoria já deliberou. E não esperávamos um percentual tão alto nesse novo reajuste. Os caminhoneiros estão trabalhando para colocar combustível. A questão agora é de sobrevivência”, disse ele.

O custo do diesel, como noticiamos mais cedo, será reajustado, a partir de amanhã, em 9,1% e passará de R$ 3,06 para R$ 3,34, uma alta de R$ 0,28 por litro.

Segundo Chorão, um dos líderes da paralisação de 2018 — que durou 10 dias –, a situação de hoje é “muito pior” que a daquele ano.

“Caminhoneiro de direita, de esquerda, do centro: não tem ninguém satisfeito. Ficou muito claro para nós que o pessoal do governo não tem intenção nenhuma de mexer na política de preços dos combustíveis. O governo vai ter que escolher: ou os acionistas ou a classe trabalhadora.”

O líder dos caminhoneiros reforçou que a orientação para toda a categoria é não trabalhar a partir da próxima segunda-feira, na véspera do Dia de Finados.

“Ninguém quer uma paralisação, mas agora se faz necessário, porque realmente estamos em uma situação muito pior que a de 2018. A gente pede para os caminhoneiros cruzarem os braços. E, com certeza, nós vamos para a beira da rodovia e, em alguns pontos estratégicos do país, vamos ver realmente se estão trabalhando ou não.”

Chorão voltou a afirmar que a Bolsa Caminhoneiro, de R$ 400, anunciada na semana passada por Bolsonaro, é “chacota, piada”.

“Não acreditamos mais em cortinas de fumaça como essa. A gente espera que o governo tenha sensibilidade e sente para resolver a situação. Ninguém está pedindo auxílio, a gente não quer bolsa, a gente quer dignidade para trabalhar.”

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