Uma caminhada com alunos da EM Coronel Almeida, no Centro, na manhã desta quarta-feira (16/11), iniciou a programação da 1ª Feira Afro Mogiana, realizada pelo 10º Festival de Culturas Pretas de Mogi das Cruzes. A ação, possibilitada por meio do Programa Municipal de Fomento à Arte e Cultura (PROFAC), alude ao Dia da Consciência Negra, celebrado oficialmente em 20 de novembro e busca valorizar e preservar a cultura afro, promovendo o empreendedorismo local e atrações para Mogi e região.
As crianças saíram do Largo do Rosário e caminharam até a Praça Coronel Almeida, onde fica o Marco Zero da cidade. A escola levou cartazes contra o racismo e destacando a igualdade. “É importante participar porque as pessoas que são consideradas diferentes devem ser consideradas iguais”, disse a aluna Laura Portes. Para Felipe Sulivan Hong Gomes, é preciso lutar contra o preconceito. “O preconceito ainda existe e a gente tem que lutar para acabar com o preconceito e o racismo”, disse.
Na praça, as crianças acompanharam a leitura do poema “Silêncio, Casa Grande”, de Rose Nery, lido pelo coreógrafo Rafael Nery. A produtora executiva da feira, Juliane Galdino, ressaltou a importância da participação das crianças. É na infância que se começa a moldar o caráter do cidadão. É importante eles sentirem que fazem parte da mudança para que no futuro as pessoas pensem de forma diferente”, disse.
O evento surgiu com o objetivo de dar voz ao povo e à cultura preta da cidade de Mogi das Cruzes com a finalidade de evidenciar e motivar a população afrodescendente por meio da cultura e empreendedorismo local. A programação terá feira de artesanatos, apresentações musicais, exposições artísticas, palestras, contação de histórias, peças teatrais, desfile de moda e workshop.
O Espaço Ousadia, proponente contemplado pelo PROFAC, realizará o 10º Festival de Culturas Pretas com mais de 40 ações culturais gratuitas, em diversos espaços de Mogi das Cruzes.
